A menina mãe
O Padre, a menina e o Jipe capenga em uma estrada de terra, e muito calor.
O silêncio predominava até o Padre puxar assunto para passar o tempo e falou sobre o que podia: as borboletas o encantavam. A estrada das borboletas, assim se chamava, era um caminho longo entre a cidade grande e a pequena cidade; separada por um rio.
A tristeza tomava conta daquela menina que fora abandonada pela mãe e nada sabia sobre o que estava acontecendo ao seu corpo e a sua vida.
O balseiro era um homem grosso e como toda cidade cheio de preconceito, e tendo estacionado o jipe para entrar na balsa foi logo tratando grosseiramente a menina puxando-a para fora. Esse era também homem informante entre as cidades, de forma que ao chegar a casa paroquial toda cidade já tinha recebido informação sobre a chegada deles.
A mãe a deixara só após dá-lhe uma surra, fugiu da casa paroquial onde trabalhava deixando a filha abandonada, grávida, com doze anos de idade e cursando o 9º ano na única escola da cidade com professores formados na cidade vizinha. Assim era a vida daquela menina: criada na casa paroquial, seu passeio era da escola da prefeitura para a casa paroquial, onde ajudava sua mãe nos serviços.
Leandro um jovem de 20 anos, filho de um comerciante da cidade grande (vizinha) passou os dias de festas na cidade e foi assim que conheceu Salma e a namorou.
O Padre Mauricio chegou a cidade, logo após o término do seminário, para substituir o padre anterior que fora jubilado, e a menina tinha 4 anos de idade quando ele lá chegou. Agora passados dez anos tem a missão de resolver o caso da menina mãe.
A negociação. O jovem Leandro não quis assumir alegando não ter feito nada para engravidá-la. Capítulo dois – As primeiras reações da cidade
Salma era terrivelmente discriminada, porém não entendia o que estava acontecendo.
Não podia mais ir a escola e andar sozinha na rua daquela cidade de 80.000 habitantes, sendo o Padre obrigado a acompanhá-la em tudo.
A casa