a menina do vale
A FADIGA É MÁ CONSELHEIRA!
A fadiga é frequentemente apontada como causa imediata de graves acidentes de trabalho, em especial no sector dos transportes, onde para além do motorista outras pessoas sofrem as consequências dos desastres. O Verão e as épocas festivas são tempos particularmente propícios a situações de trabalho excessivo, horários desregulados e ausência de repouso por parte de alguns profissionais. A fadiga, porém, pode e deve ser prevenida para se evitarem custos humanos e económicos bem graves!
A fadiga é o resultado de um trabalho continuado que provoca uma redução reversível da capacidade do organismo e, em simultâneo, uma degradação da qualidade desse trabalho. É causada por um conjunto de factores complexos, nomeadamente fisiológicos, como a intensidade e duração do trabalho físico e intelectual, sem esquecer os psicológicos como a monotonia e a falta de motivação, e ainda os factores ambientais e sociais como a iluminação, o ruído, temperaturas e relações sociais.
A fadiga resulta frequentemente da exposição do trabalhador a situações de stresse, concebendo este como resposta do organismo a factores que exigem adequada adaptação a solicitações e desafios.
Embora não se conheçam totalmente os mecanismos causadores da fadiga existem estudos suficientes que nos revelam quais são as principais consequências da mesma. Assim, uma pessoa fatigada tende a simplificar a sua tarefa, eliminando tudo o que não é essencial e tornando-se menos precisa e segura. Os índices de erro começam a crescer. Um motorista fatigado, por exemplo, está menos atento aos instrumentos de controlo e reduz a frequência das mudanças.
A fadiga física, desde que não ultrapasse certos limites, é reversível podendo o organismo recuperar através de pausas durante o trabalho ou com descanso diário.
O mesmo não acontece com a fadiga crónica que não é aliviada por pausas ou sonos e tem um efeito cumulativo. Este tipo de situação,