A matriz de interpretação da deficiência

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A matriz de interpretação da deficiência como fenômeno espiritual tem inicio na Idade Média. Com o fim do império romano e ataques bárbaros a única instituição que se manteve foi a igreja, mantendo assim uma hegemonia quanto o domino da educação e cultura, sendo ela a primeira a fundar as universidades. Ao fundar a Ordem do Beneditinos a igreja passou a deter o monopólio da educação, reflexão e meditação, antes caracterizada pela filosofia grega. Neste período a filosofia se pautava em demonstrar racionalmente a existência de Deus, articulando razão e fé.
Mas mesmo tendo o domínio da teologia e dos meios de comunicação a igreja não obteve êxito em vencer com as superstições que a rodeavam, pois ao caça-los, reafirmavam-se suas existências.
E com isso surge a concepção que deficiência, pautada na superstição, ora era entendida como eleição divina, ora como danação de Deus ou possessão demoníaca. Por este motivo, na inquisição, vários deficientes que eram identificados como uma encarnação do mal foram torturados e mortos. Por medo de serem pegos eles param a ser acolhidos em conventos e igrejas vivendo em troca de pequenos serviços à instituição.
Mas somente no século XII que foram criadas as primeiras instituições que cuidavam de deficientes. Essa mudança de pensamento aconteceu por causa do novo testamento que trazia outro ponto de vista para a deficiência contrapondo a visão do antigo testamento que apontava a deficiência como castigo divino. A nova concepção dizia que essas pessoas teriam possibilidade de serem manifestações das obras de Deus, eles seriam “instrumentos de Deus para alertar os homens, para agraciar as pessoas com a possibilidade de fazerem caridade”, para essas pessoas era necessário conferir caridade e abrigo.
Mas ainda estavam longe da igualdade na questão moral. A pessoa deveria ser cuidada, mas sua relação era marcada pela segregação onde muitas vezes passavam por exposições publicas. Com a consolidação do chamando “fenômeno metafisico”

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