Indústrias e empreendedorismo em são paulo.
A industrialização de São Paulo se deu em dois períodos principais – o primeiro vai do final do século XIX até a década de 1930. O segundo começa na década de 1930 timidamente, mas toma força decisiva a partir da década de 1950, a partir de esforços do governo federal em direção a uma industrialização pesada no país, buscando superar a condição de país exportador de matérias-primas (produtos primários) e importador de produtos industrializados.
A primeira fase da industrialização paulistana se dá em função do capital acumulado com a produção de café no interior do Estado de São Paulo. Os fazendeiros de café inicialmente investiram seu capital acumulado em infra-estruturas para a própria cultura cafeeira, como por exemplo as companhias de estradas de ferro. Depois, passaram a investir em atividades propriamente urbanas, como armazéns e entrepostos, casas comerciais e, posteriormente, em indústrias. No final do século XIX, a cidade de São Paulo era a capital dos fazendeiros, dado o grande número destes que possuíam suas grandes casas na cidade e daí controlavam seus negócios, que passaram a ser, em grande parte, urbanos.
As indústrias desta primeira fase da industrialização de São Paulo localizaram-se no entorno das ferrovias, onde passaram a se constituir os bairros industriais e operários da cidade, como Água Branca, Barra Funda, Brás, Mooca e Belenzinho, entre outros, formados em grande parte por imigrantes (sobretudo italianos) que vieram inicialmente para trabalhar na lavoura de café, substituindo o trabalho escravo, abolido em 1988, e posteriormente acabaram se fixando na capital da então província e constituindo a massa dos trabalhadores da indústria nascente. No final do século XIX e começo do século XX, muitos destes imigrantes já se instalavam diretamente na capital, num momento em que a indústria já se consolidava e necessitava de mais operários.
A segunda fase da industrialização se dá a partir da