A marca humana (resenha)
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ – CERES
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
CURSO: GEOGRAFIA/BACHARELADO
DISCIPLINA: ECOLOGIA
DOCENTE: RENATO DE MEDEIROS ROCHA
DISCENTE: ALEXSANDRA ARAÚJO DE ANDRADE
RESENHA
KAREIVA, Peter.; LALASZ, Robert.; MARVIER, Michelle. A MARCA HUMANA. Veja, 2012, Ed. 2274 – Ano 45, nº 25.
Os autores mostram os problemas das relações entre econômia e conservação da natureza. Espécies em extinção precisam ser recuperadas, florestas devem ser preservadas como áreas de construção, sem moradias ou exploração econômica, e que o desaparecimento de uma espécie causa danos a todo ecossistema. “Países do mundo inteiro criam áreas de preservação para evitar a extinção de espécies e ecossistemas, mas a simples delimitação de espaços não trará de volta um mundo intocado, sem as intervenções do homem.” (pg.123) O homem já causou muita destruição e é importante preservar os bens naturais. Por outro lado é complicado escolher quais regiões ou espécies são mais importantes para a biodiversidade porque não é simples harmonizar preservação e desenvolvimento socioeconômico. Para que uma área seja preservada, é preciso mantê-la intocada, isso significa que comunidades, inclusive algumas tradicionais (ribeirinhos, indígenas, etc.) não podem viver nestes lugares e os recursos naturais que existem ali não podem ser extraídos. “Nas ultimas três décadas, porém, o movimento conservacionista revelou-se bem controverso, principalmente por expulsar populações indígenas de suas terras a fim de criar mais parques e reservas.” (pg.124). Por isso que muitos pesquisadores tem revisto os critérios para a escolha de regiões a serem protegidas, isso torna o processo mais eficiente e com menores impactos socioeconômicos. O impacto econômico da destruição da natureza é, provavelmente, tão grande quanto o impacto de uma política radical de preservação.