A marca como responsabilidade
responsabilidade do
profissional de marketing
Lígia Fascioni
Florianópolis 2003
Hoje em dia as pessoas podem ter acesso a quase tudo de quase todos os lugares e os 4 ps que serviam de base de sustentação às estratégias de marketing já não são mais diferenciais percebidos pelo consumidor: o preço tem que ser competitivo, questão de sobrevivência em um mercado globalizado; o ponto de venda é onipresente (tudo fica mais acessível com a Internet); a promoção dispõe de cada vez mais meios para atrair, e o produto, qualquer que seja ele, possui concorrentes com qualidade, tecnologia e eficiência equivalentes. A luta do profissional de marketing agora concentra-se em evitar a todo custo que o seu produto transforme-se numa commoditie, que vire feijão-com-arroz. Só uma marca forte e, principalmente, querida pelos consumidores, é capaz de manter uma empresa na competição. E uma marca querida tem que atrair, ser desejada, conquistar. Se todos os concorrentes possuem programas sociais, preocupam-se com a ética e a preservação do meio ambiente, praticam preços competitivos, detêm tecnologia e produzem com qualidade como você (isso tudo é o mínimo que o consumidor vai exigir num futuro próximo), o que será capaz de fazer com que o seu produto seja escolhido em detrimento dos outros? Pensou bem, isto mesmo: seus belos olhos azuis... O segredo é o design !
Um bom design pode fazer com que seu produto pareça tecnicamente superior ao do seu concorrente (mesmo que sejam equivalentes), pode mostrar como a sua empresa faz as coisas com profissionalismo, pode demonstrar a qualidade e a organização que estão por trás do empreendimento, pode lhe dar credibilidade e, principalmente, pode fazer o consumidor se apaixonar! O problema é que os profissionais de marketing não recebem, durante o período de formação, nem mesmo as noções mais básicas de design. Obviamente que para se trabalhar nisso com competência, não basta aprender a trabalhar com