Limite prudencial
Hodiernamente, as empresas estão à procura de um diferencial em seus sistemas de gerenciamento, no intuito de aumentar seu potencial econômico. É para gerar valor, e se perpetuar por meio dele, que as companhias de todo o mundo se reinventam quase diariamente, a fim de se adaptarem a um mercado incessantemente mutante (ASHLEY, 2006).
Foram os Estados Unidos da América os pioneiros em determinar filantropia corporativa, no início do século XX. Entretanto, a França foi a primeira nação em tornar obrigatória a prestação de contas dos investimentos sociais das empresas.
No Brasil, a Responsabilidade Social Empresarial (RSE) é um tema contemporâneo que está emergindo na sociedade. Começou no final na década de 50, conforme estudos de Santos (2005), consolidando-se em 1980 à 2003 por conta de diversos fatores econômicos, políticos e sociais. Tais discussões tiveram como protagonista a Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas, (ADCE) Brasil, onde possuíam o objetivo de fomentar debates sobre o balanço social, marcando a relevância de pensar sobre questões sociais nas organizações, impulsionando as organizações a buscarem formas de se enquadrar a essa concepção para utilizá-la como fator de melhoria dos seus processos gerenciais e obterem postura ética comprometida com o resgate da cidadania. No meio acadêmico, a RSE é discutida desde a década de 50 e sua relevância foi retratada no surgimento de normas e padrões de certificação social e ambiental – SA 8000, AA 1000 e ISO 14000.
Além de agente econômico com a incumbência de produzir riqueza, a empresa é também um agente social, onde precisa envolver em suas estratégias empresariais novos elementos como ética, cidadania e ecologia, a fim de manter sua boa imagem perante as demandas diretas do público. Podem-se identificar várias empresas do setor de cosméticos buscando associação positiva com o social e ambiental, como o caso da pioneira inglesa Body Shop até as brasileiras Natura e Boticário