A Lógica das Ciências Sociais
Jürgen Habermas e a Teoria Crítica da Escola de Frankfurt – Ciência enquanto método de dominação
“A discussão aberta outrora de maneira viva pelo Neokantismo sobre as diferenças entre as pesquisas nas ciências naturais e nas ciências da cultura caiu hoje em esquecimento; A colocação do problema, a partir da qual essa discussão se desencadeou, não parece mais ser atual. Agora como antes, porem, o espírito cientificista nos engana quanto às profundas diferenças que continuam existindo entre as suas abordagens metodológicas. A autocompreensão positivista amplamente dominante entre os pesquisadores adotou a tese da unidade das ciências positivas: o dualismo científico que deveria estar fundamentado na lógica da pesquisa é atrofiado Segundo os critérios do positivismo e transformado em uma diferença relativa ao estado de desenvolvimento. Não obstante, a estratégia que é recomendada por um programa científico unitário conduziu a sucessos incontestáveis. As ciências nomológicas, que conquistam e colocam à prova as leis hipotéticas quanto a uniformidades empíricas, já se estendem muito para além do círculo das ciências naturais teóricas em direção aos âmbitos da psicologia e da economia, da sociologia e da política. Por outro lado, as ciências histórico-hermenêuticas, que se apropriam e processam analiticamente os produtos de sentido tradicionais, avançam ininterruptamente em suas antigas vias. Nenhum sinal aponta seriamente para a possibilidade de que os seus modos de procedimento sejam integrados ao modelo das ciências experimentais estritas. Todos os cadernos de disciplinas instruem-nos sobre essa visão fática das ciências – Ela só é insignificante para os manuais dos positivistas.” O primeiro parágrafo da obra já nos remete a antigas características da sociologia Habermasiana: A crítica ao positivismo e à sua abordagem científica, além da crítica à abordagem exegética existente, quando falamos em ciências sociais. O velho