A linguagem
Disciplina: Linguística II Professor: Clemilton Lopes
Aluno: Talles Atyhê Semestre letivo: 2012.1
As reflexões sobre linguagem surgiram na Grécia, originando-se em Platão e Aristóteles, no século V a. C. Esses dois grandes filósofos deram início a um longo percurso de estudos da linguagem que contribuíram para a constituição da gramática tradicional. O percurso que se inicia no ocidente greco-latino-cristão traz em sua ideologia o pensar sobre o mundo, com a contribuição da filosofia platônica, da sofística e aristotélica sobre a linguagem. Para os sofistas, o falar era uma propriedade do indivíduo – falar é ser livre, o poder persuasivo da palavra – para Platão o discurso coincide com o ser e não com cada indivíduo. Essa colocação sobre ideologia sofística e platônica é fruto da ideologia dos seus analistas, podendo, evidentemente, serem aceitas ou discutidas e refutadas. Os embates entre sofistas e Platão revelavam abordagens díspares. Para Platão, por exemplo, a denominação é a questão central da linguagem, abordagem filosófica que fundamenta uma lexicologia-semântica e não uma sintaxe, além de conceber a linguagem como representação do pensamento, ao fazer uma distinção entre substantivo e verbo. Já para os sofistas o centro do problema não é a denominação, mas a justa posição, a predicação, função lógico-sintática. Foi nesse âmbito que a retórica ganhou notoriedade, a partir da associação que os sofistas fizeram entre denominação com o falar a verdade, discurso que se cumpre pela sua eficácia, revelando assim os traços retóricos do discurso. Originalmente, a gramática tradicional em questão estabeleceu primazia de um determinado modelo padrão de língua, considerado elitizado, ou seja, a língua dos grandes escritores, dos poetas e dos prosadores. Isso refletia a importância do discurso retórico. Na abordagem aristotélica podemos destacar como se estabeleceu a