A LINGUAGEM ESCRITA E FALADA
Gerson Jose Dos Santos2
A questão da língua falada e da língua escrita nos traz uma grande reflexão, pois, ambas possuem técnicas e formas diferenciadas quando comparadas. Nem sempre fala é de acordo com as normas da escrita ou a escrita segue da mesma maneira que fala. Quando criança, tudo parece ser normal, onde a fala procede de forma solta sem se preocupar com a escrita, mas com o passar dos anos e chegando à escola cabe ao professor e os pais a ir mostrando e treinando a forma a forma da escrita. Exemplos claro são as trocas de consoantes na fala das crianças, tipo: trocando o “L” pelo “N” exemplo: “LAPIS” e falando “NAPIS” ocorrendo o mesmo com os pronomes “ME” e “MI”, dentre outros casos, entretanto nem só as crianças que comete esse tipo de erro gramatical pessoas adultas também. Em algumas regiões observamos que há pessoas que não falam “corretos” conforme a norma padrão da escrita brasileira, porém possui uma escrita correta, mas há pessoas que escreve da mesma forma que se fala, sendo isso o fruto da cultura local.
Faraco e Tezza (2010, pág. 104), observam que parte da humanidade tem um forte pensamento sobre a língua (fala) e a língua (escrita), mas para a maioria das pessoas somente a língua escrita é a verdadeira língua, onde a língua falada seria apenas algo complementar, ou seja, algo que sem valor significativo nas sociedades grafocêntricas, onde as pessoas só tem a preocupação de escrever conforme manda a gramática da língua sem se importar com a fala. Mas com o passar do tempo e convivência, e do conhecimento tudo isso vai mudando, porém, ainda não é tão difícil perceber na fala de algumas “pessoas” a falta do emprego gramatical correto.
A cultura letrada, em geral, tem uma forte tendência a confundir língua com representação gráfica (escrita). Por força da tradição escolar e da própria ideia de autoridade que emana da escrita, parece-nos mesmo que a ‘verdadeira língua’ é a escrita, sendo a fala uma espécie