"A Linguagem Clássica da Arquitetura"

"A Linguagem Clássica da Arquitetura"

SUMMERSON, John. A lingüística do século XVI in: A Linguagem Clássica da Arquitetura. São Paulo, SP.: Editora WMF Martins Fontes, 2009. Capítulos 3.
Pp. 39 - 62.

A essência do Classicismo

Summerson começa seu livro comparando o classicismo ao latim da nossa literatura. Devemos ao menos, saber reconhecê-lo, mesmo que não se conheça profundamente. Para compreender a arquitetura clássica, deve-se saber que surgiu na Antiguidade, na Grécia e Roma. Na Grécia era implantada nos templos e já em Roma era mais utilizada em edificações religiosas, civis e militares. Um edifício clássico é identificado, primeiramente, a partir de características decorativas e posteriormente por outros aspectos. O principal objetivo da arquitetura clássica é a proporção, ADVINDA da harmonia de suas estruturas, que resulte em algo agradável. Isso pode ser feito a partir da utilização "de uma ou mais ordens como componentes dominantes, ou pelo uso de dimensões que requerem a repetição de razões simples" (p. 5), já que sempre se faz alusão de que tal edificação é clássica devido à existência de tais. "Uma 'ordem' consiste na unidade 'coluna-superestrutura' que compõe a colunata de um templo. Não precisa de pedestal - e muitas vezes não tem - e precisa ter um entablamento (colunas só tem sentido se suportarem algo), e a cornija representa os beirais do telhado." (p. 6) Segundo Vitrúvio (arquiteto romano que escreveu livros sobre arquitetura) existem três ordens: a jônica, a dórica e a coríntia, e também faz menção a uma outra ordem chamada de toscana. Vitrúvio faz uma explicação detalhada sobre as ordens demonstrando em que lugar do planeta cada uma foi criada, e a que deus ou deusa elas se referem. Foi após muitos anos depois de Vitrúvio, que outros teóricos definiram as ordens como um conjunto de formas canônicas (neste caso, Sebastian Serlio). Ainda nessa época o arquiteto Alberti acrescentou às quatro ordens mais uma, a compósita,