A liderança segundo maquiavel
Lideranças conquistadas de forma nefasta ou cruel
Existem outras formas de conquistar um cargo de liderança que não seja por valor próprio, por sorte ou por ajuda de terceiros. Trata-se de quando, por atos nefastos, se chega à liderança. Esta forma de conquistar o poder dentro das organizações é mais comum do que se admite abertamente, tanto em empresas públicas quanto nas organizações privadas. Nas grandes e pequenas corporações encontramos exemplos freqüentes de lideres que, para conquistar cargos de chefia, empregaram expedientes dos quais não se pode orgulhar.
Maquiavel abordou este assunto mostrando que ao longo da historia muitos governantes utilizaram da crueldade e malvadeza para conquistar cargos e, passados mais de cinco séculos da publicação de “O Príncipe”, percebemos que, apesar da evolução de nossa civilização, a natureza humana permanece a mesma com relação à luta pelo poder. Nos dias atuais continuamos assistindo a golpes de estado e à tomada do poder de forma cruel e violenta em muitos países da América Latina, África e em outras regiões do mundo.
Há poucos dias presenciamos o assassinato da líder paquistanesa Benazir Bhuto, que liderava as pesquisas para as próximas eleições em seu país. Este fato nos mostra que ainda é muito presente em nossa sociedade a utilização de meios nefastos para a conquista do poder.
Nas organizações empresariais, nacionais e multinacionais, nos departamentos de governos e nas empresas públicas também ocorre, com uma freqüência maior do que a admitida publicamente, a utilização de comportamentos inadequados e escusos na luta por cargos de chefia. Um bom exemplo é a famosa disputa pelo poder ocorrida no final dos anos 70, em que o então presidente da Ford Motor Company, Henry Ford II, neto do fundador da Ford e presidente do conselho, engendraram contra o então presidente executivo da empresa, o lendário Lee Iacocca. Posteriormente Iacocca se tornou presidente da Chrysler,