A Lenda de Arquimedes

377 palavras 2 páginas
Conta a lenda que Arquimedes, durante o cerco a Siracusa em 214 a.C (2a Guerra Púnica), já conhecendo os fenómenos gerais da reflexão que há muito tinham sido descritos por Aristófanes e Aristóteles, construiu um poderoso espelho côn- cavo com o intuito de afastar a armada de Marcelo (exército Romano). Assim, Arquimedes, utilizando o seu espelho, con- centrou os raios do Sol sobre o barco inimigo, incendiando-o à distância.
Após o conhecimento desta lenda, segundo o historiador Zonaras, também um tal Proclus, teve a ideia de utilizar uma “arma especular” constituída por um conjunto de espelhos de latão, durante o cerco de Constantinopla em 514 d.C., da qual resultou a destruição da frota do conde Vitaliano (Vitalius). N.F. Villette, em 1670, construiu um espelho “ardente”, que concentrava toda a radiação proveniente do sol, numa peque- na área, e assim foi capaz de derreter um pequeno pedaço de ferro em 40 segundos e abrir um buraco numa chapa de bronze em 6 segundos. Mouchot apresentou a Napoleão III (séc.XIX) um concentrador solar capaz de alimentar uma máquina a vapor. O padre Himalaya, seguindo as lições do físico Berthelot e de outros ilustres professores, foi capaz de construir uma máqui- na para a obtenção de altas temperaturas, através da captação das radiações solares. Esta máquina tinha a forma de uma calota esférica, com centenas de espelhos, e estava suspensa na estrutura por dois eixos, que permitiam uma orientação vertical ou horizontal, consoante a orientação do Sol. O seu trabalho foi patenteado em 1899, pelo governo francês.
No ano seguinte, construiu uma segunda máquina solar e com esta foi capaz obter uma temperatura de 1100 graus centígrados.
Em 1902, já em Lisboa, construiu uma terceira máquina, com a qual obteve 2000 graus, tendo então conseguido fundir um enorme bloco de basalto.
De forma a divulgar o seu invento, decidiu participar na Expo- sição Universal de St. Louis, em 1904, apresentando aí um aparelho ainda mais perfeito,

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