A lei do mais belo
ETCOFF, Nancy. A lei do mais belo. A ciência da beleza. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 1999. p. 11-105
Forma ideal. De Platão aos tempos contemporâneos, imagens da beleza humana buscam saciar o desejo de alcançar ou vislumbrar tal forma.
Segundo Naomi Wolf, a beleza é uma ficção conveniente utilizada por industrias milionárias na confecção de imagens do belo e as transmitem incessantemente para a massa feminina.
A mídia consegue manipular e direcionar o desejo e limita nossa faixa de preferência. Uma imagem que agrada a um grande grupo acaba se tornando um modelo a ser seguido. Há os que arriscam, cometem atos extremos e até mesmo descontrolados em nome da beleza. É importante ressaltar um dado curioso: no Brasil há mais mulheres vendendo Avon do que membros do Exército.
Mesmo que intelectuais constantemente digam que a beleza nada explica, nada resolve e nada ensina, no fundo todos nós sabemos que é difícil resistir à aparência.
A aparência é o que as pessoas tem de mais público, e esta carrega conseqüências que não se podem apagar com a negação.
A beleza é um prazer básico, está presente em todos os momentos das nossas vidas, mas o que é beleza? Nenhuma definição consegue capturar inteiramente o que essa palavra de fato significa. É interessante citar que especialista não descrevem o que é a beleza, mas sim, a experiência de vê-la.
Os dicionários definem beleza como algo intrínseco ao objeto ou como o prazer que tal causa no observador. Embora a característica de belo atribuída do objeto dependa inteiramente do observador, a experiência de beleza é capaz de instigar uma confusão de emoções, um prazer único.
Para Donald Symons, antropólogo da Califórnia, nós possuímos “um molde inato de beleza”, ao qual não temos acesso direto, porém é a nossa base para compararmos e avaliarmos tudo.
Nesse anseio por uma beleza plena, perfeita, buscamos fazer com que tudo pareça melhor para que agrade para que