A Lei de Cotas reza que as organizações com 100 ou mais empregados devem preencher de 2
Até 200 empregados – 2%;
De 201 a 500 empregados – 3%;
De 501 a 1000 empregados – 4%;
De 1001 em diante – 5%.
Sem dúvidas, a Lei é muito importante neste processo de inclusão. Ela vem agindo como fator de transformação social, apesar do caráter obrigatório que imprime na inclusão das pessoas com deficiência nas companhias. “Atualmente encontramos publicidades de produtos e serviços sempre com a presença de PCDs, trabalhando a imagem destas pessoas de forma bem positiva – namoram, têm família, praticam esportes, etc. Isso tem a ver com o mercado de trabalho e em como este universo abraçou a causa”, opina Carolina Ignarra, diretora da Talento Incluir, consultoria especializada no tema.
A pessoa com deficiência tem percebido o impacto positivo que o trabalho traz na vida. Pouco tempo atrás não era bem assim e muitas pessoas com este perfil achavam mais fácil ficar em casa recebendo benefícios do governo do que ter uma profissão. Segundo Ignarra, a questão não é o salário e sim o reconhecimento, a cobrança, os desafios e o desenvolvimento do indivíduo. “Percebo uma evolução muito grande e a tendência é encontrarmos cada vez mais PCDs interessados e envolvidos nas empresas”, comenta.
O último Censo (2010), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, cita que existem 27 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência na faixa etária tida como apta para trabalhar – de 15 a 59 anos. “Porém, para a Lei de Cotas, existem em torno de 950 mil profissionais aptos. Então, se descontarmos este valor, ainda teríamos mais de 26 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho”, contextualiza Carlos Aparício Clemente, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região e especialista no tema deficiência no trabalho. Ele conta que na metalurgia, por exemplo, 77% das vagas para PCDs estão