A legalização de psicotrópicos sob a ótica de uma ética social

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A legalização de psicotrópicos sob a ótica de uma ética social

O uso de substâncias psicotrópicas é comum ao homem desde o início das civilizações, seja para uso medicinal, religioso ou mesmo recreativo. Com o passar do tempo o uso desenfreado de tais produtos começou a causar sérios problemas sociais, o que gerou a necessidade de um controle rigoroso do Estado. Entretanto, o quadro atual que se apresenta evidencia que as políticas públicas proibitivas adotadas com relação às drogas não tem surtido o efeito pretendido de prevenção do uso, reabilitação dos usuários, combate ao tráfico e conscientização social.
Tal situação coloca em debate as bases éticas e racionais que fundamentam os ideais da sociedade, o que divide opiniões quanto à legalização, descriminalização ou a manutenção das normas de proibição.
Sob uma perspectiva liberal, os defensores da legalização pautam seus argumentos, principalmente, na autonomia individual. Consideram imoral a limitação estatal da liberdade de escolha individual. Afirmam ainda que a legalização das drogas eliminaria o mercado do tráfico, reduziria drasticamente o índice criminal e traria maior segurança aos usuários, que seriam desmarginalizados.
Os que advogam pela descriminalização do uso de psicotrópicos, de certa forma acreditam na necessidade do Estado intervir no uso de certas substâncias com alto nível de periculosidade e o controle do comércio de psicotrópicos, no entanto critica a intervenção penal para o consumo e sugere a adoção de mudança no foco da repressão.
A visão dominante, todavia, ratificada pelas políticas a ONU, é a adoção de políticas antidrogas. Entende-se que a disponibilidade legal dos psicotrópicos ampliaria a gravidade dos problemas sociais e de saúde na sociedade, sendo assim a legalização pior que a proibição.
É certo que a sociedade passa por mudanças e, logicamente, os princípios éticos e morais se adaptam às novas necessidades da coletividade, o que, de modo geral, influencia a ordem

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