a juventude de 1960
A década de 1960 foi marcada principalmente pela força jovem, entre muitos aspectos como estilos, movimentos e tribos. As crianças que nasceram do fenômeno do baby boom dos pós- guerra chegam a adolescência e impõem sua forma de ver o mundo, sendo muito mais emancipados que as gerações anteriores.
O jeans foi a peça chave desses jovens, em todos os continentes, que desprezavam a sociedade de consumo e demonstravam sua discordância adotando a aparência das classes mais pobres. Durante os movimentos de protesto estudantis, na França em 1968, não era possível distinguir estudantes de classes sociais. Além disso, essa juventude quase que uniformizada passa uma ideia de coletivo, de valores comunitários.
No mesmo viés, os hippies contestavam o estilo de vida de seus pais e da sociedade em geral abdicando do conforto para viver em comunidade. Unidos pelo “paz e amor”, adotaram um visual com características indianas ao vestirem saias longas, batas, camisas, estampas florais e cabelos compridos e descuidados.
É nessa década que o streetstyle começa a ganhar muita força, quando ocorre a grande transformação no sistema de moda do modelo de alta costura para o prêt-a-porter (pronto para vestir). É a partir desse momento que a moda se apropria do que antes era apenas de uso popular, lançando as últimas novidades em escala industrial para o consumo de moda. Quem dita agora a moda da vez é a rua e não mais a alta costura. Vale lembrar que nesse período tem a explosão de butiques, difundindo e democratizando as criações dos estilistas, e também dos brechós (principalmente nos Estados Unidos).
Outro fator propulsor desse movimento foi a disseminação do rock`n`roll entre os jovens. Se antes dos anos 1960 já existia a expressão das subculturas jovens, como os Teddy Boys e os Zazous, a moda de cada grupo ainda fazia parte de um núcleo marginal e o mercado consumidor jovem ainda não estava suficientemente estabelecido para consumir a ousadia