A invenção dos publicitários criativos
A invenção dos Publicitários Criativos1
João Pedro Godoy Possebon2
“A invenção do criativo publicitário: identidade e discurso” é um artigo que aborda o universo do criativo3 com o objetivo de compreender processos de trabalho. “Um ‘saber fazer’ que se reinventa a cada dia” (ALVES, 2012, p. 2). Para Alves (2012, p. 2) “a maioria dos estudos sobre publicidade recaem sobre o produto final, seja um anúncio, um comercial entre outras peças e, muitos poucos se voltam para ‘esse fazer’ da publicidade por meio da observação de métodos de trabalho mais do que a análise de estratégias discursivas”.
“A capacidade de sedução e criatividade das campanhas fizeram com que a grande maioria dos estudos sobre publicidade recaísse em análises do produto final do trabalho dos publicitários” (ALVES, 2012, p. 4). E não no fazer desse profissional, foco do artigo da autora, que se reinventou frente às demandas do mercado. A criação publicitária no passado era feita por profissionais de outras áreas, como as artes, a literatura, o jornalismo. Podemos considerar que seja por este motivo que as os profissionais da criação sejam hoje em dia tratado como artistas. Poetas como Cassimiro de Abreu, Olavo Bilac, e músicos como Noel Rosa foram requisitados por anunciantes para criar peças publicitárias, assim como artistas plásticos e gráficos. A denominação “criativo” para estes profissionais é que eles precisam estar sempre atualizados em todos os campos. Para Alves (2012, p. 5) “uma das principais exigências em relação a esses profissionais é possuir amplo repertório cultural”. O artístico deve aparecer, contudo, sempre em função de uma estratégia comunicativa que alcance os objetivos da campanha. A arte estaria em detrimento de um bem maior que nesse caso é a venda, tudo teria uma