A intervenção nas minas de carvão na grã-bretanha
Em finais da década de 1940 os investigadores do Tavistock Institute, Trist e Bantorth atuam ao nível dos problemas sociopsicológicos das minas de carvão da Grã-Bretanha.
Verificava-se que existia um estado de espírito negativo no seio dos mineiros e, por outro lado, a organização do trabalho em algumas minas de carvão tinha efeitos negativos na produtividade, na satisfação do trabalho e no absenteísmo do local de trabalho. Esta situação levou a que Trist e Banforth liderassem uma equipe de investigadores para fazerem um estudo, em duas fases distintas.
Numa primeira fase foi feito um estudo histórico comparativo sobre a organização do trabalho nas minas de carvão na Grã-Bretanha, antes e depois da introdução da mecanização no processo de trabalho.
Numa segunda fase foram observadas mudanças na organização do trabalho em algumas dessas minas. Verificaram que, antes da introdução da mecanização, o trabalho era realizado em equipe. As diferentes operações eram executadas de forma interdependente e autônoma por cada equipe de mineiros. Existia rotação na execução das diferentes tarefas, os salários eram iguais e eram dependentes da produtividade de cada equipe de trabalho. Existia um conjunto de estímulos e motivações que se expressava na concorrência entre as diferentes equipes de trabalho de forma a produzirem o máximo e a receberem maior salário possível. Para conseguir estes objetivos cada equipe de trabalho possuía autonomia para escolher a sua equipe de mineiros, dando-lhe uma grande coesão e identidade social. Essa autonomia, a satisfação no trabalho e a amizade entre os diferentes membros das equipes levavam que a produtividade do trabalho atingisse altos índices e o absenteísmo e os conflitos laborais fossem quase inexistentes.
Com a introdução da mecanização, os princípios e práticas do taylorismo ganham força. Desde então cada mineiro fica encarregado de um único posto de trabalho e de executar uma