A intervenção fonoaudiológica nas alterações de linguagem infantil
Segundo Zorzi (2000), no curso da evolução do bebê é encontrada uma série de acontecimentos que são indícios de um bom desenvolvimento. Têm-se como exemplos o controle da cabeça e do tronco, o engatinhar e a marcha, que se ocorrem dentro dos períodos normais, são bons indicadores de uma evolução que se processa favoravelmente. No entanto, não será somente o marco do desenvolvimento motor que evidenciará um desenvolvimento saudável. Considerando não unicamente as funções motoras, mas também as funções nervosas superiores, o melhor indicador evolutivo diz respeito ao aparecimento da linguagem. O mesmo autor propor que longe de refletir simplesmente um processo maturacional neurológico, a aquisição da linguagem revela capacidades comunicativas, sociais, afetivas e intelectuais significativamente evoluídas e complexas. Do contrário, a ausência de linguagem dentro dos limites cronológicos esperados ou um processo de aquisição muito lento e intrincado podem indicar problemas no desenvolvimento da criança. Contudo, a aprendizagem da linguagem nem sempre tem sido considerada um marco evolutivo importante e, assim, a maior parte das patologias que podem afetar a evolução satisfatória da linguagem na infância têm sido mal compreendidas ou pouco consideradas. Os distúrbios de linguagem dizem respeito àquelas alterações que afetam todo o desenvolvimento lingüístico da criança: uso da linguagem, a aquisição de vocabulário, a semântica e o domínio formal, incluindo a sintaxe, os morfemas e os fonemas. Alguns distúrbios, pelas suas características e gravidade, não podem ser resolvidos em curto prazo. Contudo, a intervenção precoce tem-se mostrado efetiva no sentido de amenizar as conseqüências ou prejuízos destas alterações. È importante também dar o apoio e orientações necessárias às famílias de crianças apresentando distúrbios de aquisição da linguagem. Informações a respeito das alterações da linguagem