A internacionalização da discriminação racial
Em 1976 a Organização das Nações Unidas (ONU) institui no dia 21 de março o “Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial” a data nos leva a uma reflexão profunda de como a humanidade que vem trabalhando as diferenças de formas diversas tem encontrado entraves políticos e sociais. O quanto a diversidade vem sendo ignorada e seus padrões de valores atropelados pela perpetuação do racismo no mundo.
Apartheid: situação ainda presente em certos lugares se for ver o que vem acontecendo em Campinas, interior de São Paulo/Brasil, local esse que historicamente mantem no sistema de controle todos os negros da cidade, na sua segregação institucionalizada. Em dezembro de 2012 uma ordem de serviço fez reviver essa lei. No documento consta que todos os negros e pardos que estivessem em determinada localização da cidade deveriam (devem) ser interpelado e revistado. Sendo assim a Lei do Passe, que obriga a população negra a portar um cartão de “bom cidadão” impera nas capitanias brasileiras.
Mas a história de fato foi marcada com o massacre de Shaperville em 1960. A África Sul encontrava-se em plena segregação. No dia 21 de março de 1960, 20 mil pessoas protestavam contra essa lei, o pior não foi calculado. A polícia (branca e racista) agiu com a mais cruel violência. Atirou contra a multidão matando 69 inocentes e ferindo outros 180. Um marco na história de um país teve um grande ativista como Stive Biko, também eliminado pelo sistema.
Passados 53 anos dessa tragédia, o apartheid foi abolido, mas a discriminação racial ainda continua presente e fazendo vítimas seja na saúde, na educação, na política ou no mercado de trabalho. O racismo está presente no cotidiano de africanos e afrodescendentes pelo mundo. Não se pode dizer que atingimos o ideal democrático de coexistência racial.
Não há como dissociar a igualdade racial das questões como moradia, saúde, educação, trabalho e renda. Temos os direitos constitucionais garantidos