A inserção da psicologia moderna
O diálogo com a filosofia, em particular com a filosofia da ciência e da ética, é imprescindível para o refinamento conceptual e para o exercício crítico de qualquer campo de conhecimento. Neste sentido, as relações entre psicologia e filosofia seguem os padrões das demais ciências, concentrando-se no exame de questões fronteiriças e controversas. Temos como exemplo, o problema ontológico da representação, isto é, se a intermediação simbólica é ou não é imprescindível para comportamento humano (Peter, 2004), ou se a moral deve ser entendida numa perspectiva realista ou pluralista (Kendler, 2002). Questões conceptuais clássicas continuam sendo examinadas à luz de novas evidências e implicações filosóficas. São exemplos, a escolha de abordagem para inferência causal, se co-variação ou mecânica (Newsome, 2003), ou novos dados e interpretações sobre as contribuições da Gestalt para a explicação da experiência consciente (Engelmann, 2002; Lehar, 2003). Por outro lado, temas mais recorrentes na psicologia brasileira se fazem representar em debates tais como: natureza humana e os limites da ciência (Root, 2003), dilemas correntes entre hermenêutica e poder (Richardson, 2002) e limites metafísicos e