A INSERÇÃO CONTEXTUAL DA FILOSOFIA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

A INSERÇÃO CONTEXTUAL DA FILOSOFIA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
A necessidade da dúvida de que quanto mais razão, informação e técnica, o desenvolvimento social irá evoluir, mostra claramente que a sociedade pós-moderna é a prova de que esta equação funciona em proporção inversa.
A sociedade é incapaz de reflexão devida à passividade diante de uma forte presença do poder econômico, e imperatividade do mundo em dizer que a filosofia não é útil, causando estranheza até mesmo entre intelectuais da área. Será que vive-se em uma época de esclarecimento? As dúvidas pararam de mover o mundo e deram lugar às respostas? Ainda existem condições tais que seja possível afirmar que o desenvolvimento alcançado proporcionou ampliação do entendimento humano? Se atualmente podemos afirmar que vivemos numa época de respostas, isto tornou-se muito questionável, em face da pressão inimaginável exercida sobre as pessoas, seja simplesmente pela própria organização do mundo, seja num sentido mais amplo, pelo controle planificado até mesmo de toda realidade interior pela indústria cultural.
Partindo do ponte onde o ser humano busca incessantemente o poder, justamente para exercer o estado de não submissão, alcançar a ideia de liberdade sobre seus questionamentos, considerando uma infeliz realidade de censura moral diante de suas reflexões, se limitando a viver acerca das respostas impostas pela sociedade, vivendo diante de uma postura ética limitada, ao momento em que o indivíduo decide não respeitar a condição de obediente e oprimido, ele se torna o dominador e opressor de suas ideias.
No contexto da sociedade atual, a recuperação da subjetividade depende sobretudo de um fortalecimento da autonomia do indivíduo, plenamente tragado para dentro das exigências da sociedade de controle, da sociedade pós-moderna. No lugar de promover a adaptação, a reação somente pode vir das mentes capazes de veicularem a resistência. Apesar da impressão de aumento de liberdade, o homem pós-moderno vive o