UM PALÁCIO OITENTISTA

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UM PALÁCIO OITENTISTA
Edifício “Rainha da Sucata”, por Éolo Maia e Sylvio Podestá

Figura 1. Fachada do Edifício Centro de Apoio Turístico Tancredo
Neves, "Rainha da Sucata", Belo Horizonte. Fonte: Bruno Santa Cecília.

Extrapolando o programa inicial que pretendia a construção de apenas um conjunto de sanitários públicos no pequeno terreno triangular em frente à Praça da Liberdade na cidade de Belo
Horizonte, os arquitetos Éolo Maia e Sylvio Podestá propuseram uma intervenção maior, com ampliação do programa, de modo a projetarem um anfiteatro no nível térreo, como extensão do nível da
Praça, um hall de acolhimento e exposições e mais três pavimentos superiores para abrigar o Centro de Apoio Turístico Tancredo Neves, onde atualmente se encontra o Museu de Mineralogia Professor
Djalma Guimarães.
Conhecido como “Rainha da Sucata”, o edifício de Apoio
Turístico Tancredo Neves, ficou famoso pelo apelido que faz referência direta à novela, também nomeada “Rainha da Sucata”, da
Rede Globo de Televisão.
“Nunca a arquitetura esteve tão presente na boca do povo de Minas como na inauguração do Centro de Apoio
Turístico
em
Belo
Horizonte, popularmente conhecido como “Rainha da Sucata”
(SEGAWA, 1994. em PROJETO, 1994, no 164)
.

Rainha da Sucata, a novela que foi exibida entre os meses de abril e outubro de 1990, dois anos antes do término da construção do
Edifício de Apoio Turístico, contava com um enredo que retratava o universo dos novos ricos, e da decadente elite paulistana, tendo como personagem principal uma mulher emergente, que enriquece com os negócios do pai, vendedor de ferro velho.
SAC-41, atualmente conhecido como Aço Corten, são chapas de aço que tem a propriedade de oxidação, deixando-as com aspecto de ferrugem. SAC-41 é o principal material de revestimento das fachadas do Edifício de Apoio Turístico de Belo Horizonte, por este motivo, apelidado de Rainha da Sucata pelos mineiros, que relacionavam a ferrugem do edifício, à sucata dos ferros velhos.

Figura 2.

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