A influência do sistema político nos países africanos em vias de desenvolvimento
Por, Víctor Chipéu
A presente temática partiu da curiosidade de perceber a aplicação do primado do Direito (estrito senso, “Lei”) sobre o facto político, trazido a discussão durante uma aula sobre o Poder local em Angola (do módulo de Sociologia do Desenvolvimento) que ministrei no curso de pós-graduação em Administração Local e Gestão Pública na província de Cabinda.
Dentro do que entendemos como a metodologia que mais possibilidades fornecem para que alcancemos os desejados níveis de coerência, clareza e didáctica a serem atingidos nestes tipos de cursos (estudos aplicados), reputamos indispensável a abordagem de algumas questões que os participantes, à análise de um tema específico ao nos questionarem, permite-nos uma profunda reflexão sobre várias questões do nosso dia-a-dia. Por isso, sem querer aprofundar, arrisco-me neste artigo, aprioristicamente, ainda que perfunctória a uma análise sobre os sistemas políticos e sua influência no desenvolvimento.
Poderíamos cair, justamente a tentação da ciência política (vício da formação) quanto a temática a uma informação mais politólogica e convincente, quanto ao processo de globalização e tendo em conta a temidíssima perda de soberania dos Estados nacionais, limito-me neste artigo, a perceber a influência do sistema político a realidade dos país em vias de desenvolvimento, que já então, em muitos destes país, o problema da definição da comunidade política é em muitos casos gravíssimo e tem causado profundos conflitos entre etnias, guerra civil e, por fim, a desagregação do Sistema político e a violação da normalidade Constitucional.
Eis então, as três componentes cruciais de um sistema político segundo David Easton, para melhor se julgar em como este pode influenciar o desenvolvimento nestes países: * Autoridade: são os detentores dos cargos institucionais de representação, de governo, de administração da justiça e de cargos