Filosofia Politica
A filosofia política pode ser definida como o campo da investigação filosófica que se ocupa da política e das relações humanas consideradas em seu sentido colectivo.
O presente trabalho fala desta filosofia no continente africano. Tendo como pontos de referência o Pan-africanismo, a Negritude e a Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD).
Filosofia Politica em África
Génese dos nacionalismos
A filosofia política está directamente ligada ao pan-africanismo. O pan-africanismo, alem de lutar pelo reconhecimento dos negros do mundo, traçou, principalmente com Du Bois, linhas para uma filosofia política africana.
Por filosofia Africana entende-se o conjunto de pensamentos relativos a emancipação e ao reconhecimento do Homem negro, quer dentro do seu continente, quer fora dele. A filosofia política Africana contém o pensamento de vários autores e tem como objectivo a libertação física e psíquica do jugo colonial do continente Africano.
No quinto congresso pan-Africano, que teve lugar em Manchester, em Inglaterra, 1945, Du Bois passou o testemunho político a Nkrumah. Daquele momento em diante, as principais figuras da filosofia Africana seriam Nkrumah e senghor. Estes dois homens esforçaram-se por lançar as bases da política dos estados Africanos.
Kwame Nkrumah e lideram dois grupos e dois pontos de vista que não chegaram a conciliar-se: Nkrumah defendia a independência imediata dos estados africanos, enquanto senghor acredita que uma independência gradual dos estados seria o ideal.
A ideologia adaptada pelos estados africanos foi o socialismo, talvez pela influência do “consciencismo” de Nkrumah e de outras conjunturas políticas. Nestas ideologias, hipertrofia-se o espírito comunitário do africano, o que levou Nkrumah a postular o socialismo, como prova o seguinte excerto: “o vulto tradicional da África implica uma atitude em relação ao homem que nas suas manifestações sociais não pode deixar ser classificada como socialistas’’.
O consciencismo