A influência do consumo de álcool durante a gestação e a lactação na aprendizagem de filhotes
SILVA, Liliane Maria da; ALMEIDA, Agostinha Mariana Costa de
Gestação com álcool O consumo abusivo de bebidas alcoólicas - alcoolismo é considerado um problema de saúde pública no mundo. Estima-se que quase 14% da população preencham os critérios para dependência ou abuso de álcool em alguma época da vida. O uso de álcool constitui a terceira causa de mortalidade que poderia ser prevenida. O hábito de beber é um dos costumes mais antigos da humanidade, datando desde 6.000 A.C. e que apesar de todos os males que esse vício provoca permanece até hoje no campo social. O etanol é um componente comum das bebidas alcoólicas e está à disposição da população humana para ser consumido. Mulheres grávidas, muitas vezes, não se abstêm do uso dessa droga, o que causará consequências para o desenvolvimento embrionário e fetal como prematuridade e natimortalidade. O etanol causa danos nos órgãos em geral e nos neurônios adultos ou em desenvolvimento e induz importantes efeitos neurotóxicos no desenvolvimento do cérebro (Ferreira & Silva, 2005). Segundo Surkan et al. (2012) o consumo de álcool é um importante fator de risco para a doença nos países desenvolvidos. Além de suscetibilidade genética, o consumo de álcool é moldado pelo ambiente social e familiar. A qualidade das relações parentais pode ser um dado importante para o abuso de álcool. De acordo com Santos et al. (2010), o alcoolismo é definido como uma síndrome multifatorial com comprometimento físico, mental e social. Estima-se que mais de dois terços das pessoas em países ocidentais bebem além do que apenas ocasionalmente. Estudos apontam que nos Estados Unidos aproximadamente 10% das mulheres e 20% dos homens preenchem critérios diagnósticos para abuso do álcool, e 3% a 5% das mulheres e 10% dos homens preenchem critérios para dependência ao longo da vida.