A influencia do estrangeirismo na lingua portuguesa
Herdamos palavras latinas, gregas, germânicas, celtas, árabes, francesas, inglesas, africanas, indígenas etc. Hoje, comentamos a contribuição espanhola no léxico da língua portuguesa.
Antes de tudo é bom dizer que a influência de outras culturas, no idioma português, representa uma riqueza e não um prejuízo como alguns possam acreditar, pois as palavras estrangeiras, de origens diversas, são assimiladas, no curso do tempo, ao ponto dessas formas adquiriram direito de vernaculania, que é, em síntese, a cidadania da palavra.A língua portuguesa, segundo sua história externa, nasceu no oeste Península Ibérica, Europa Ocidental, onde estão Portugal e Espanha.
Essas terras eram domínio do Império Romano, há mais de 2000 anos. Quando o Império Romano caiu, no século V, a dialetação do latim se intensificou e vários dialetos foram se formando. No caso específico da península, foram línguas como o catalão, o castelhano e o galego-português (falado na faixa ocidental da península) as trilhas que conduziram ao surgimento do português. E foi o galego-português, precisamente, que gerou o português e o galego (mais tarde uma língua falada apenas na região de Galiza, na Espanha). Entre meados do séc. XV e fins do séc.XVII o espanhol serviu como segunda língua para todos os portugueses cultos. Os casamentos de soberanos portugueses com princesas espanholas tiveram como efeito uma certa “castelhanização“ da corte. . Os 60 anos de dominação espanhola acentuaram esta impregnação lingüística.
É somente depois de 1640, com a Restauração e a subida ao trono de D. João IV, que se produz uma certa reação antiespanhola. O bilingüismo , todavia, perdura até o desaparecimento dos últimos representantes da geração formada antes de 1640. A maioria dos escritores portugueses escreve também em espanhol, por exemplo: Gil Vicente, Sá de Miranda, Luis de Camões, Francisco Manuel de Melo.O volume de contribuição