A inflação e a má distribuição de renda
Artigo de Carlos Lessa:
Em artigo ao Valor Econômico, o professor de economia da UFRJ, Carlos Lessa, comenta a visita da delegação do Banco Central Brasileiro a Wall Street como forma de passar segurança a investidores perante o processo sucessório. A viagem, de fato, tranquilizou banqueiros americanos que, certos do controle do presidente do BC, Henrique Meirelles, sobre os juros e o dolar, afirmaram que decisões imediatas do Banco Central não mais afetam decisões de investimentos estrangeiros no Brasil. Lessa comenta da provável elevação dos juros e da projeção de cobrir o déficit de transações correntes em 2010, o que faz com que se especule ser bom para estrangeiros investir no Brasil. O professor cita, também, a rersistência da inflação brasileira, que se manteve apesar da deflação no resto do mundo em 2009, com a crise financeira, que permite que ao Banco Central praticar elevadíssima taxa de juro, facilitando aos bancos alto spread e ótimos balanços. Lessa discorre sobre o longo processo inflacionário brasileiro ao longo do artigo, enfocando nos ganhos e perdas de diferentes classes sociais. Para ler o texto na íntegra. (GESEL-IE-UFRJ - 10.03.2010)
Análise
Quem brinca com fogo acaba se queimando. O excesso de entrada de dolares valoriza o real que causa dificuldades para exportar, a dupla causa menor crescimento econômico. é inevitável. A euforia desenfreada resulta em perda do contato com a realidade que parece estar acontecendo no País. A “China das Américas” pode não ter base suficiente para aguentar tamanha pressão da entrada do capital estrangeiro e perder fôlego. Novamente temos uma ameaça real de “bolha” na economia, que por sinal vai bem. Qualquer previsão futurista pode desaparecer em segundos, os ganhos em bolsa de valores só vale para quem entrou na “baixa”, muitos aplicadores ainda amargam grandes prejuízos por conta da crise financeira mundial. A conta dos estímulos governamentais para a