A industrialização pesada (Brasil)
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A crtica desenvolvimentista ao processo de industrializao brasileira baseava-se na crtica a Diviso Internacional do Trabalho, no qual o Brasil, especificamente, era supridor (exportador) de bens primrios, no caso, o caf. A crtica fundamentava-se na restrio que este modelo gera ao crescimento econmico dos pases subdesenvolvidos, j que os bens primrios possuam baixa elasticidade-renda e ao fato do pas no se desenvolver tecnologicamente. Outro ponto abordado era o intervencionismo estatal em setores estratgicos, principalmente os de infraestrutra, que no atraa investimentos estrangeiro, a fim de gerar condies suficientes e necessrias para as empresas instaladas e que pretendiam se instalar no Brasil. O modelo brasileiro de industrializao foi marcado por uma certa queima de etapas. Com objetivo de modernizar a economia nacional, o que s foi possvel devido a forte interveno do Estado na economia, indstrias foram instaladas, estradas de ferro foram construdas, portos foram modernizados e bancos foram fundados, porm tudo financiado por capital estrangeiro, gerando uma grande dvida. Tambm vale ressaltar o argumento da indstria infante, que atravs de medidas protencionistas ajudava as empresas nascentes. O processo de industrializao brasileira tambm notadamente marcado pela insufincia de demanda e as desigualdades geradas pelas medidas tomadas com o objetivo de industrializar o pas. Como caracterstica do modelo brasileiro, pelo lado da oferta agregada, havia empresas utilizando tecnologia moderna, ou seja, capital-intensiva. Pelo lado da demanda agregada, cerca de 30 da populao fazia parte da classe mdia e alta. As classes mdia e alta so as que consumiam bens de luxo e as empresas capital-intensiva eram as que produziam este tipo de bem e eram as mesmas que empregam funcionrios mais qualificados, ou seja, pessoas das classes mdia e alta e isto gerava uma concentrao de renda. Vale lembrar que o Brasil vivia a ditadura militar, e os militares tambm compunham a classe mdia