Rumos e MEtamorfoses

Sonia Draibe Rumos e Metamorfoses.

Resenha do texto "Rumos e Metamorfoses" de Sonia Draibe

O início do século XX está marcado por algumas circunstâncias excepcionais. A constituição das diretrizes em sua fase final do capitalismo no Brasil, frente à natureza das forças políticas presentes e atuantes face aos rumos e metamorfoses da industrialização brasileira, é uma dessas circunstâncias. Numa reflexão a respeito da relação entre Estado e industrialização, Sônia Draibe, em Rumos e Metamorfoses. Estado e Industrialização no Brasil: 1930 – 1960, recoloca algumas questões pertinentes à relação, abrindo um novo espaço teórico para a problematização das transformações econômicas e sociais no Brasil, tendo como ponto de partida um passado colonial.Neste contexto, pretende-se analisar neste trabalho, o contexto da crise nos anos 20; o período de transição capitalista; as transformações na sociedade que desembocou na Revolução Burguesa; conformação das alternativas ou vias de desenvolvimento como direção política do Estado na industrialização e, por último, a autonomia e estruturação do Estado num processo linear e contínuo de expansão e centralização. Segundo Draibe, marcado pela introdução do trabalho assalariado, o processo funda-se numa economia exportadora capitalista, numa industrialização restringida e, por último, numa industrialização pesada. Com a formação, num primeiro momento, da economia capitalista que se constitui basicamente ao capital estrangeiro e industrial. Portanto, dominado pelo capital-mercantil. Este domínio limitou os investimentos industriais que Draibe chama de “crescimento industrial”, pelo fato que não conseguiu destruir formas passadas de organização da produção por ser muito heterogêneo. Com a crise em fins dos anos 20, essa dinâmica econômica entra num período de transição capitalista. O texto mostra que durante o período de 1930 a 1961, a dinâmica econômica ingressa em nova fase que marca o final do processo de