Rumos e metamorfoses de Draibe
Draibe (2004) aponta as fases pela qual a economia brasileira passou desde a constituição do trabalho assalariado, que são; a fase exportadora da economia, a industrialização restringida e por fim, a industrialização pesada. Apesar de observarmos estas diferentes fases do processo capitalista na economia brasileira, temos que “a economia exportadora é dominada pelo capital mercantil”, conforme Draibe (2004). E esta subordinação limitou e obstaculizou o desenvolvimento de um setor produtor de bens de capital e meios de produção internamente.
Essa limitação comprometeu o crescimento das atividades industriais no Brasil, ou ao menos, deixou-as pouco diversificadas e dependentes de transações comerciais de compra de bens de produção externamente, como retrata em detalhes Mello (1982, p.96)
Porém, o fato decisivo é que não constituem, simultaneamente, forças produtivas capitalistas, o que somente foi possível porque a produção capitalista era exportada. Ou seja, a reprodução ampliada do capital não está assegurada endogenamente, isto é, de dentro das economias latino-americanas, em face da ausência de bases materiais de produção de bens de capital e outros meios de produção.
Este cenário econômico, em conjunto com as questões sociais que permeavam a economia brasileira no inicio do século XX, fizeram com que o país conformasse diferentes formas na fase de constituição capitalista, que são as vias de desenvolvimento. A industrialização apresenta-se neste cenário como uma via de desenvolvimento, e