a independencia do brasil e a constituição de 1824
Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro não atendeu a um chamado da Coroa Portuguesa que exigia seu retorno a
Portugal e que ele entregasse o Brasil ao controle de uma junta administrativa formada pelas Cortes. D. Pedro
recebeu um abaixoassinado com o apoio da população para que ele permanecesse no Brasil. Esse dia ficou
conhecido como Dia do Fico. Logo após o dia do Fico, D. Pedro começou a preparar o Brasil para a
independência: organizou a Marinha de Guerra; determinou o retorno das tropas portuguesas à Portugal e exigiu
que todas as medidas tomadas pela Coroa Portuguesa tivesse a aprovação dele antes de entrar em vigor. Em 03
de junho de 1822 convocou a Assembleia Constituinte com o objetivo de elaborar uma constituição para o novo
Estado soberano. Essa assembleia, só ocorreu de fato depois da independência.
Devido à vontade de grande parte da elite política brasileira em conquistar autonomia política e o desgaste do
sistema de controle econômico, com restrições e altos impostos, exercido pela Coroa Portuguesa no Brasil, foi
proclamada a Independência do Brasil no dia 07 de setembro de 1822. A partir desta data, o Brasil deixou de ser
colônia de Portugal. Em dezembro de 1822, D. Pedro foi coroado Imperador do Brasil. A independência não
marcou nenhuma ruptura com o processo de nossa história colonial: a escravidão se manteve; a distribuição de
renda continuou desigual e a estrutura agrária continuou a mesma. A elite agrária, que apoiou D. Pedro I, foi a
camada que mais se beneficiou. A independência representou apenas a consolidação de uma ruptura política
iniciada há 14 anos com a abertura dos portos.
Como muitos portugueses que habitavam o Brasil, não concordavam com a independência, vários conflitos
ocorreram, principalmente na Bahia, Maranhão, Pará, Piauí e Cisplatina (que hoje é o país Uruguai e pertencia
ao território brasileiro na época). Esses