A impunidade abre a porta para a barbaria

A impunidade abre a porta para a barbaria A principal definição da palavra justiça, é a virtude de dar a cada um aquilo que lhe é merecido segundo o que prescreve a lei, o direito e a razão. Toda sociedade necessita de um código de leis para que caminhe dentro daquilo que é dito como certo. Contudo, diante de tudo isso, a sociedade atual ainda mantém o princípio da “justiça feita com as próprias mãos”. Em muitos casos, os próprios aparatos de segurança ferem os direitos humanos, direto ou indiretamente. Como é o caso do delegado Renato Morari, em Rondônia, que foi fotografado esbofeteando um preso algemado em uma delegacia e, policiais que nada fizeram para impedir que comunitários linchassem e matassem um acusado de cometer homicídio. Eis o cenário de uma verdadeira barbaria, em pleno século XXI. O Estado deve ser um exemplo para toda sociedade. A partir do momento em que há uma flexibilização das leis, nós voltamos para um estado primitivo, no qual tudo é resolvido como no código de Hamurabi, no “olho por olho e dente por dente”. O poder judiciário não pode permitir, por exemplo, que uma pena não seja cumprida em sua totalidade, ou seja, não deve haver espaço para a impunidade. Como já dizia um grande filósofo, o grande objetivo da justiça é substituir a ideia da violência pelo direito. Então, para que uma sociedade não retroceda, é dever de todo cidadão, incluindo juízes, delegados e policiais, que siga fervorosamente nossas leis, sem abusos de poderes ou decisões jurídicas parciais, que favoreçam, injustamente, uns e desfavoreçam