A importância do Jeca
A IMPORTANCIA DO “JECA”
O mês de junho em todo Brasil é marcado pelas festas de são João, comidas típicas nordestinas, balões, bandeirinhas, fogueira, quadrilha, são características desse evento. Mas segundo Osman Lins essas comemorações trazem, principalmente para as crianças, uma noção ridícula do homem do campo. No entanto não é essa a intenção das festas, pelo contrario, tem o objetivo de promover essa “cultura caipira”.
O escritor afirma que há um menosprezo da imagem do caboclo, não sendo valorizado todo seu esforço na lavoura, lutando contra as condições climáticas, pragas e outros adventos. Mas na realidade há sim a valorização desse ardo trabalho, considerando os festejos uma forma de agradecimento pela produção de alimentos. Afinal a base dos alimentos servidos nesses eventos é o milho, principal colheita do mês.
Outra critica do autor é a distorção e até ridicularização da imagem do caboclo. Refletindo um pouco mais, isso vem desde o século passado com Monteiro lobato com sua tese do caboclismo que mostrava o caboclo como um tipo fraco, indolente, preguiçoso, passivo, fato retratado com o personagem jeca tatu em sua obra Urupês. Nesse contexto, é possível interpretar as comemorações juninas como uma homenagem a esse povo pouco valorizado a partir do momento que as pessoas se fantasiam, mesmo que algumas vezes não sendo fiel as vestimentas, e dançam ao som de musicas típicas nordestinas.
Em resumo, é possível que nos festejos ocorra alguma distorção da realidade rural, porém isso não significa que está sendo ridicularizada. Em relação à valorização do trabalhador é preciso que a escola ensine as crianças o quanto eles são importantes na produção de alimentos.