Principais impactos ambientais causados por refinarias
Monteiro Lobato iniciou sua carreira após uma carta escrita à seção de reclamações do jornal O Estado de São Paulo. Lobato, que era fazendeiro na época, escreveu um manifesto indignado sobre os caboclos que realizavam queimadas na região, mas o jornal, percebendo o valor do escrito, ao invés de publicá-lo na seção “Queixas e Reclamações”, publicou-o na seção de destaque do periódico.
Tanto esse artigo, intitulado “Velha Praga”, quanto um artigo, intitulado “Urupês”, estão publicados no livro Urupês (1918), obra constituída de 14 contos sobre a vida cotidiana do caboclo.
O livro é a obra de estreia do escritor que se inspirou em sua experiência como fazendeiro do Vale do Paraíba e nos costumes, tradições e crenças dos moradores da região.
Urupês não contém uma única história, mas vários contos e um artigo, quase todos passados na cidadezinha de Itaoca, no interior de SP, com várias histórias, geralmente de final trágico e algum elemento cômico. O último conto, Urupês, apresenta a figura de Jeca Tatu, o caboclo típico e preguiçoso, no seu comportamento típico. No mais, as histórias contam de pessoas típicas da região, suas venturas e desventuras, com seu linguajar e costumes.
(Monteiro Lobato)
Urupês- A personagem de Jeca representa toda a miséria e atraso económico do país de então, e o descaso do governo em relação ao Brasil rural. Jeca Tatu foi caracterizado por Monteiro Lobato como um homem desleixado com sua aparência e higiene pessoal, sempre de pés descalços e que mantinha uma pequena plantação apenas para subsistência. Sem nenhum tipo de educação e cultura, Jeca Tatu era um homem ingênuo e repleto de crendices. Por fim, era visto pelas pessoas como um alcoólatra e preguiçoso. Porém, como afirma Monteiro Lobato, “Jeca Tatu não é assim, ele está assim”, percebe-se através do texto que Jeca é uma vítima do descaso do governo.
Urupês trouxe uma série de inovações e sua importância se estende até os dias