A importância de um profissional de atendimento publicitário
O que acontece é que o cargo de atendimento mudou de escopo ao longo dos anos. No início do século XX, existia um profissional cujas habilidades de vendas ditavam o andar da carruagem – ele era o “dono da conta” e dominava a maior parte do que era desenvolvido para o cliente, e quando mudava de agência, levava sua carta de clientes junto.
O profissional de atendimento era, basicamente, um vendedor, mas estava a cargo de fazer o negócio girar como um todo. Na década de 50, o conhecimento técnico ganhou importância com a profissionalização da comunicação e, a partir daí, o atendimento não poderia mais se contentar com o skills de um vendedor. Todo o conhecimento específico para a função começava a surgir, e este profissional lidava agora com a empresa, e não mais com o dono. A publicidade se estabeleceu no aspecto B2B.
A criação também ganhou importância neste momento, evoluindo tecnicamente, ao contrário do atendimento, que perdeu força na organização das agências. O atendimento começou a sofrer ainda mais, e passou a ser responsabilizado por questões como reprovação de campanhas. Essa situação piorava quando o profissional em questão não demonstrava conhecimento técnico sobre a produção da agência – situação, infelizmente, muito comum, inclusive nos dias de hoje.
Mas ao longo das décadas de 80/ 90, por uma “questão de sobrevivência”, o profissional de atendimento passou a acompanhar a evolução técnica das outras áreas da agência, tendo a sua função finalmente definida como um ponto chave na tomada de decisões (tanto internamente quanto para o cliente) e se tornando parte do processo de liderança da organização. “O Atendimento é, enfim, a agência na agência e o cliente no cliente.”.
O próprio mercado (leia-se as próprias