A importância da área de relações institucionais
Nos últimos meses tenho visto um boom de vagas abertas para a área de relações institucionais ou relações com comunidades. Não é à toa que isso acontece. Com a área de infraestrutura a mil e a vocação do país para as commodities, as empresas sabem que para um bom relacionamento com o seu entorno e, consequentemente, uma operação sem sobressaltos, é necessário muito mais que projetinhos sociais de música ou esporte.
Saindo da realidade da maioria dos que leem esse blog, indo para o interiorzão do Brasil, que é onde se encontra a maioria das unidades produtivas das empresas (principalmente as extrativistas), vemos o quão estratégico e importante é o trabalho do profissional de RI. É um trabalho extremamente delicado, pois lida, muitas vezes, com cobranças que, na verdade, não deveriam ser de responsabilidade de empresas.
A área de RI se relaciona com multistakeholders que, naturalmente, têm interesses muito variados. Alcançar a unanimidade é quase impossível e é preciso um trabalho bastante criterioso para saber qual grupo de interesse se deve atender plenamente em detrimento de outro e o impacto que isso gera na empresa.
Há, ainda, uma linha muito tênue entre a filantropia e a relação com comunidades. Em muitos casos, RI/RC funciona doando dinheiro, mas são doações cujo impacto e interesse são muito maiores do que apenas o retorno de imagem ou a pose de empresa boazinha. O que está em jogo aqui é, simplesmente, a viabilidade de operação do negócio.
Para vocês terem ideia do que estou falando, em muitas cidades, a empresa acaba tendo de fazer um papel que, em tese, é do governo. Repito: não são projetos musicais,