A importância da iniciação científica na universidade
A INICIAÇÃO CIENTÍFICA muitas vantagens e poucos riscos*
FLAVIO FAVA-DE-MORAES
Professor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP e Diretor Executivo da Fundação Seade
Foi: Reitor da Universidade de São Paulo, Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico e Diretor Científico da Fapesp
MARCELO FAVA
Professor de Odontologia Pediátrica na Unesp de São José dos Campos e Universidade Bandeirantes
Resumo: O artigo demonstra a importância do programa de iniciação científica para o estudante do curso superior, enfatizando o papel complementar de melhoria da sua análise crítica, maturidade intelectual, compreensão da ciência e possibilidades futuras tanto acadêmicas como profissionais. Descreve as vantagens, mas também enumera alguns aspectos vulneráveis que refletem riscos a serem evitados. É ainda destacada a necessidade de formação de gente capacitada na área tecno-científica como premissa para o nosso desenvolvimento social e econômico. Palavras-chave: ensino e aprendizagem; universidade no Brasil; capacitação científica.
A
Conferência Mundial sobre Ensino Superior realizada pela Unesco em Paris, em 1998, e que teve a co-participação da Associação Internacional de
Universidades conseguiu agregar mais de 3.000 pessoas.
Uma das conclusões desta conferência pode ser resumida numa frase: “Não há condições de uma Nação querer ser moderna com desenvolvimento social e econômico se não tiver base científica e tecnológica”. Depois de uma semana de discussão, esta resultante, embora possa parecer simples, é relevante, pois agora não se trata mais de um período em que os grandes vencem os pequenos, os rápidos vencem os lentos, nem mesmo em que os ricos vençam os pobres, mas sim os que sabem vencem os que não sabem. É por isso que nos meios de comunicação observamse, sistematicamente, expressões como sociedade da informação, época da informática, domínio da informação, o que indica que quem