A importância da informática na economia
Autor: David Ricardo Colaço bezerra
1. INTRODUÇÃO
A ciência econômica dominante trabalha com o conceito de agente representativo racional. A realidade compreendida a partir de tal conceito limita fortemente o entendimento das relações econômicas entre os indivíduos.
O paradigma de maximização de utilidade, a partir de uma capacidade ilimitada do agente em compreender e processar todos os aspectos da realidade relevante para se tomar uma decisão está cada vez mais caindo em descrédito, pois já não responde determinadas demandas teóricas. A teoria dominante, ou seja, a teoria neoclássica, está perdendo espaço para ideias que tentam incorporar a complexidade das relações em suas análises.
Qualquer campo do conhecimento precisa relacionar-se com outros a fim de que amealhe algum tipo de progresso qualitativo. A mudança de paradigmas em uma ciência não prescinde de uma interdisciplinaridade com outras, que podem lhe auxiliar na mudança de visão sobre determinados objetos e também, na forma de operacionalizar as medidas sobre as variáveis que se quer analisar.
A Teoria da Complexidade serve à Teoria Econômica no que se refere à consideração de um sistema dinâmico que dá margem para o processo evolutivo na interpretação dos fenômenos econômicos. Deve-se atentar para importância do espaço e do tempo nas análises econômicas, não como conceitos estilizados para todas as ocasiões, mas a partir de elementos comuns básicos incorporar as particularidades da realidade a ser estudada e se chegar às soluções concretas e que sirvam para resolver os problemas da realidade em questão.
Os instrumentais utilizados devem ser escolhidos ou criados de modo que se adequem ao tipo de problema que se quer resolver em determinado campo do conhecimento, e não o contrário, ou seja, tentar restringir o campo dos problemas considerados econômicos ao que é tratável pelos instrumentais que se sabe,