A Importância da Espiritualidade nas Empresas
Ouço com frequência as mesmas queixas dos executivos e dos colaboradores de empresas de diferentes ramos de atividade. Citando algumas das queixas mais frequentes, temos:
- Falta de objetivos, de comprometimento para com a equipe e a empresa, de respeito pelas pessoas, de iniciativa, de proatividade e criatividade;
- Conflitos interpessoais, preconceitos;
- Mentiras, grosserias, guerras de vaidades que prejudicam a organização.
Infelizmente, mudar estes comportamentos não é tão simples como apenas ouvir como deveriam agir, pois, salvo uma minoria desprezível para qualquer trabalho estatístico, os envolvidos estão completamente cegos para as suas atitudes danosas. Justificam as ações como consequência dos atos alheios. Sempre são “os outros” e se “eles” não mudarem, nada irá melhorar. Um veredicto duro que enterra qualquer possibilidade de transformação do ambiente empresarial, familiar e até mundial. Este modelo comportamental é replicado em diferentes comunidades. O errado passa a ser comum e o certo se transforma na exceção que surpreende, quando não é ridicularizada.
Tive oportunidades de realizar oficinas comportamentais com professores do ensino fundamental e médio e ouvi deles as mesmas reclamações sobre seus alunos. Os alunos também não têm objetivos futuros, não há comprometimento com os estudos e com a qualidade dos trabalhos, desrespeitam os professores, tratam as pessoas com preconceitos e os mais fortes oprimem os mais fracos, para ficarem em evidência perante os colegas. Muitos usam de violência, sem nada temer. Observei depois que tantos os adultos nas empresas quanto os estudantes se consideram certos em suas reações dissonantes. Parecem ter que agir assim para se defender e crescer na vida. A regra básica mais forte é a de ser o mais esperto, para atingir prestígio e dinheiro.
Sem valores arraigados e a autoconsciência desenvolvida, o ser humano age em seu próprio benefício. O EGO o