a importancia da leitura
Estudar muito, de maneira mecânica e acrítica, na melhor das hipóteses prepara o aluno para a própria escola, deixando-o despreparado para a vida e para o trabalho fora da escola. Quem lê bastante, no entanto, escolhe suas leituras e assim aprende tanto a escolher quanto a pensar, habilitando-se a resolver qualquer problema que a vida ponha na sua frente, quer na escola quer fora da escola.
Quem lê muito não costuma discriminar gêneros, “traçando” desde bula de remédio até poesia e romance, sem deixar de passar pelas histórias em quadrinhos e pelas notícias de jornal. A leitura de textos literários mostra-se especialmente refinada, porque sempre leva o leitor a acompanhar os acontecimentos narrados por outra perspectiva que não a sua: ou a do narrador ou a do protagonista. A habilidade de ver as coisas por uma perspectiva diferente da sua é fundamental para resolver quaisquer dilemas que se apresentem em casa, na sala de aula, na rua, no laboratório, no escritório ou no palácio do governo. Essa habilidade se aprende e se estimula com a leitura de ficção.
Estas considerações podem levar o leitor mais apressado a concluir que a leitura na escola deve ser totalmente livre e voluntária. Como já chamei esse leitor de “apressado”, os demais, bons leitores, perceberam que não concordo com a conclusão. Nos anos 70 do século passado, defendeu-se a leitura por prazer: os alunos só deveriam ler o que gostassem. Hoje em dia, para tantos adolescentes isso significaria ler