A Implementa O Da Agenda 21
Cada um dos 40 capítulos da Agenda 21 propõe bases para ações no âmbito global. São objetivos, atividades, instrumentos, necessidades de recursos humanos e institucionais. A Agenda, estruturada em quatro grandes temas, enfatiza grandes dilemas da humanidade: a questão do desenvolvimento, com suas dimensões econômicas e sociais; os desafios ambientais que tratam da conservação e gestão de recursos naturais; o papel dos atores e dos grupos sociais na organização da sociedade humana; e, finalmente, os meios de implantação das iniciativas e projetos que revelam os conflitos e os riscos da fragmentação social.
A descrição detalhada dos 40 títulos que compõem a Agenda 21 carece de indicadores e metas. Avaliar, significa comparar o planejado ao realizado. A ausência de indicadores e metas torna, portanto, difícil a avaliação periódica e objetiva. Apesar disso, tal avaliação é possível. A responsabilidade comum levou várias comunidades locais, regiões e países a adotar iniciativas na direção proposta pela Agenda 21. No período 92-97 alguns avanços já são visíveis, no entanto, muito aquém do necessário e do esperado.
As expectativas criadas ao término da reunião do Rio resultaram de ampla mobilização dos atores sociais em torno das evidências da degradação do meio ambiente. As reuniões preparatórias para a Rio-92, iniciadas no final dos anos 80, favoreceram o consenso, através da lógica do possível. Um consenso sólido com relação aos princípios a serem adotados, mas frágil quanto aos meios necessários para interromper a degradação do planeta e a crescente dualidade sócio-econômica. Degradação que ameaça as condições de vida das gerações vindouras. Dualidade que aumenta as tensões políticas e os cancros sociais.
No Brasil, a estabilidade monetária recém-conquistada permitiu alargar os horizontes da programação e das prioridades. Todavia, a grande turbulência política resultante do impeachment do presidente Collor levou o novo governo (Itamar) a