a imagem na arte educação
“Pensar o circo nos dias atuais é ir muito além do picadeiro, neste momento estamos vivendo um processo histórico dentro das artes circenses, a Lona deixou de ser o único lugar onde o circo se apresenta.
Uma nova visão sobre o circo se cria neste momento, o circo voltado para todas as pessoas, crianças e adultos, o circo utilizado de maneira educacional propondo uma atividade sadia para o movimentar do corpo. A prática do circo se torna possível, a partir deste momento assistir um espetáculo circense não é mais o único modo de ter contato com esta arte, se pendurar em um trapézio, jogar bolinhas, subir em um tecido e dar saltos passar a ser uma possibilidade para todos.” (DIAS, 2008 p.1)
É neste sentido que surge a Arte-educação
Circense, a partir desta ruptura no Circo. Até então o “fazer circo” estava limitado a pessoas que, ou nasceram no circo, ou fugiram com ele, e o modelo de educacional seguido nestas estruturas de ensino familiar serviu, bem ou mal, ao proposito da ocasião, formar artistas circenses. Claramente a proposta da Arte-educação
Circense não é a de se formar artistas, a educação puramente baseada na técnica, muitas vezes foi, e continua sendo, confundida com arte-educação, como vimos no artigo anterior. Falar de Arte-educação Circense é falar de como queremos ensinar este circo, e principalmente, qual circo vamos ensinar. A partir do momento que existe uma pratica de ensino aprendizagem questões pedagógicas bastante sérias devem ser levadas em conta, afinal, assumimos o papel de facilitadores em uma atividade, o educador é o “porto seguro”.
É comum encontrarmos bons profissionais circenses se candidatando a ministrar aulas, ocupar o papel de Arte Educador, sem entender que estas ações não estão diretamente ligadas a qualidade técnica de suas apresentações e performances e que, por vezes, outras relações são mais relevantes que o próprio saber circense.
O saber