A IGREJA DO DIABO
- Machado de Assis
Nome: Larissa Janine Dias n°27 2°B
1. RESUMO
O Diabo teve a ideia de fundar uma igreja a fim de combater as outras religiões, e destruí-las de uma vez, pois vivia há muito tempo sem organização e sem leis. Queria ser o mais importante de todos. Dizia que “há muitas formas de se afirmar algo mas apenas uma para negar tudo”.
Convicto desta ideia, foi até Deus explicar-lhe porque queria fundar sua igreja. Sua vantagem seria de ser única nesse tipo de pregação, ao passo que, para adorar deuses, havia várias: "... enquanto as outras religiões se combatem e se dividem, a minha será única ...". As virtudes, replicou o Diabo, são como rainhas, cujo manto de veludo remata em franjas de algodão e ele, o Diabo, queria estas franjas para si, as quais seriam transformadas em seda.
O Diabo, então, veio à terra e começou a fundação de sua igreja, prometendo aos homens todas os prazeres do mundo. Primeiro ele mudou totalmente sua imagem diante dos homens; de uma figura do mal, para uma figura gentil e virtuosa, afirmando que era o verdadeiro pai e que as virtudes deviam ser substituídas pela soberba, pela luxúria, pela preguiça e pela avareza, esta última, a mãe da economia, afirmada por ele.
Transformava a veracidade em calúnias, as virtudes em pecados. Ensinava que “a fraude era o braço esquerdo do homem, e que o direito era a força e que muitos homens eram canhotos”. Afirmava que a venalidade era um direito superior aos outros e que o homem poderia vender sua consciência, sem o menor problema.
Para finalizar, proibiu qualquer tipo de solidariedade, pois o amor ao próximo era um obstáculo a sua doutrina. O único amor permitido era o “amor a si mesmo”, o amor próprio, que, na verdade, não é amor, mas egoísmo.
O Diabo começou a notar que muitos de seus fiéis praticavam o bem às escondidas, e não o mal. Praticavam o jejum nos dias de preceitos católicos, alguns avarentos davam esmolas, certos dilapidadores devolviam pequenas