A idéia de história - r.g. collingwood
1137 palavras
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Na primeira parte deste texto Collingwood começa falando das três crises na historiografia européia. A primeira quando a idéia de história nasceu no século V, a segunda quando a idéia de história foi remodelada pelo pensamento cristão, e a terceira aconteceu quando a história passou a ser vista como ciência. Em seguida, o texto trata da influência do cristianismo na história. Collingwood fala que “a experiência moral expressa no cristianismo continha, como um de seus elementos mais importantes, um sentido de cegueira na ação.” (Collingwood, p.65). Assim, segundo a doutrina cristã, não se pode evitar que o homem viva nas trevas, este não sabe o que resultará da sua ação. O autor também fala sobre a doutrina da metafísica da substância na filosofia greco-romana que diz que nada, exceto Deus, é eterno, e também fala que toda alma é como uma substância criada por Deus. O próprio Deus também é considerado como uma substância, mas esta substância não é entendia pela razão humana, e nem sempre é revelada e tudo que se pode saber sobre Deus são suas ações. Mas esta concepção de substância divina foi repudiada por S. Tomás de Aquino que definiu Deus como actus purus. Logo em seguida, “Berkeley alijou a concepção de substância material e Hume a concepção de substância espiritual” (Collingwood, p.67) Collingwood diz que a introdução das idéias cristãs gerou o desenvolvimento de uma nova idéia, segundo a qual o processo para se fazer história dá-se pelos desígnios divinos. Assim o objetivo do homem era a incorporação da vontade humana na história, e o papel de Deus é predeterminar o fim e determinar os objetos que os humanos desejam. Assim o processo história ganhou imensamente pois “o reconhecimento daquilo que acontece na história não precisa concretizar-se através do desejo deliberado de qualquer pessoa para que aconteça” (Collingwood, p.68). Podemos perceber, então, que “esta nova divisão da história permite ver não apenas as ações dos agentes históricos, mas a