A identidade do criminoso
Cesare Lombroso.
Autor: Yuri Carvalho Nazareth e Carolina Carneiro Rodrigues
Cesare Lombroso, nascido na Itália em 1835, é um nome comum ao estudarmos Criminologia, sua concepção positivista o tornou um autor a ser estudado até os dias de hoje. Sua visão acerca do indivíduo praticante de delitos, baseado em autores como Darwin o levaram a traçar uma “face” ao criminoso, relacionando certos aspectos físicos com a prática de delitos.
Ao ter contato com inúmeros detentos e cadáveres, chegou à conclusão que certas características eram comuns. Determinou que a hereditariedade deveria ser levada em consideração. A pessoa não seria influenciada pelo meio, as influências externas em pouco iriam contribuir, pois a patologia criminosa já se encontrava nele, era questão de tempo até desencadear. Seu trabalho foi amplamente divulgado e ganhou diversos adeptos, inclusive no Brasil. No entanto, sua tese foi, aos poucos, rebatida e caindo em desuso. O autor determinou seis tipos de criminosos: o nato, o louco moral, o epiléptico, o louco, o ocasional e o passional. No entanto, as características encontradas por Lombroso eram basicamente do negro, imigrante na Itália. A tal “face” criada pelo autor se confundia com a figura afro, fato que tachou sua tese como racista.
Cesare foi um pioneiro, um estudioso renomado, mas apesar de sua teoria ter caído em desuso, tachar alguém de “marginal” é algo presente em nossa sociedade até os dias atuais. Falar que os parâmetros são iguais se mostra um erro. Ao contrário do autor que usava o formato do crânio, mandíbula, ente outros para formar sua opinião, hoje as características são outras. O local de sua moradia, suas vestimentas, a forma de andar, os aspectos físicos determinados por Lombroso foram substituídos por aspectos sociais.
Uma pessoa, independente de negra ou caucasiana, morador de favela, vestindo bermuda, boné e uma camisa de time, essa é a