O engenheiro no mercado de trabalho
Com a expansão da economia em todo o mundo e conseqüentemente a necessidade de investimento em grandes obras de infraestrutura para atender a demanda deste crescimento, torna-se cada vez maior, a carência de técnicos e engenheiros para suprir o mercado de trabalho. Dentro desse cenário, no Brasil, a quantidade de graduações em engenharia teve um crescimento médio de seis vezes nos últimos quinze anos, saltando de 454 cursos em 1995 para 3045 em 2012. Pelas vagas ofertadas todo ano para os cursos de engenharia, em 2010 foram mais de 320.000, o Brasil deveria estar numa situação confortável com relação a quantidade de engenheiros para atender o mercado de trabalho, porém grande parte dos estudantes que ingressam nesses cursos, acabam o abandonando, resultando em apenas 40 mil engenheiros graduados por ano, enquanto a sua necessidade é de pelo menos o dobro. São diversas as razões que levam os alunos a evadirem dos cursos de engenharia, entre as principais estão a deficiência nas áreas de Matemática e Física. Isto porque nosso ensino fundamental e médio é muito fraco, por isso, além do investimento nos cursos de graduação superior, faz-se necessário e urgente uma reforma significativa no ensino básico, para que tenhamos alunos preparados para a complexidade dos cursos superiores, principalmente os de engenharia. Talvez deveríamos seguir o modelo de outros países que restringem o ensino básico a poucas disciplinas, dando uma maior ênfase a elas, deixando as disciplinas mais especificas para os cursos superiores. Por conta disso, optar pela carreira de engenharia é uma excelente escolha, visto as inúmeras oportunidades que o mercado oferece. Mas é importante ressaltar que o reconhecimento profissional depende de vários fatores, em destaque uma boa formação acadêmica, saber trabalhar em equipe e muita dedicação.
Fontes: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)/Ministério da Educação