A ideia de vestigio para W. Benjamin e C. Ginzburg
A micro-história é uma corrente historiográfica de grande destaque no grupo da chamada Nova História devido ao seu caráter analisador do dito mínimo e insignificante, que geralmente é ignorado. O principio comum dos vários segmentos dessa corrente historiográfica é basicamente que "toda pesquisa micro-histórica é a crença que a observação microscópica revelará fatores perviamente não observados"(LEVI, 1992: 139). Carlo Ginzburg não apenas se insere nesse grupo como também é um grande, ou talvez maior, portador de voz e representante do segmento, em seu texto Sinais, raízes de um paradigma indiciário ele elaborará o que há de mais próximo da teoria da micro-historia. Para ele o historiador deve se comportar como o critico de arte Morelli que procurava "os pormenores mais negligenciáveis, e menos influenciados pelas características da escolar que o pintor pertencia: os lóbulos das orelhas, as unhas, as formas dos dedos das mãos e dos pés."(GINZBURG, 1979: 144), como Freud que tentava chegar coisas concretas a partir dos elementos menos notados e percebidos. Esse tipo de analise levaria o historiador a "captar uma realidade mais profunda, de outra forma inatingível."(GINZBURG, 1979: 147). A partir dessas perspectivas Ginzburg também construirá a imagem do historiador detetive ou caçador, esses possuem a capacidade de analisar de objetos de aparentemente insignificantes e reconstruir toda uma realidade - a cena de um crime ou o trajeto de uma presa- a qual ele não teve acesso.
A abordagem de