Escritores E Assassinos Urg Ncia Solid O E Sil Ncio Em Rubem Fonseca
52546 palavras
211 páginas
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOFACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
LITERATURA BRASILEIRA
TONY MONTI
Escritores e assassinos
- urgência, solidão e silêncio em Rubem Fonseca [versão corrigida]
São Paulo
2011
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA BRASILEIRA
Escritores e assassinos
- urgência, solidão e silêncio em Rubem Fonseca [versão corrigida]
Tony Monti
Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Literatura Brasileira do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas da Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Doutor em Letras.
Orientador: Prof. Dr. Vagner Camilo
______________________
São Paulo
2011
RESUMO
Esta tese pretende entender a literatura violenta de Rubem Fonseca a partir da comparação entre personagens assassinos e personagens artistas das coletâneas de contos Lúcia
McCartney (1967), Feliz ano novo (1975) e O cobrador (1979). Na estrutura das narrativas são destacados os elementos "urgência", "solidão" e "silêncio" como marcas de uma inextensão generalizada que baliza as ações dos personagens e promove uma sensação de aprisionamento no tempo presente. O universo ficcional é confrontado com o contexto histórico definido por um regime político autoritário e um processo acelerado de modernização industrial. Destaca-se nos livros analisados a busca por um narrador que possa lidar com as transições rápidas que caracterizam a atividade dos personagens, e com um tempo extenso necessário à narrativa e à reflexão sobre a violência.
Palavras-chave: Rubem Fonseca, literatura brasileira, conto, violência, narrativa contemporânea ABSTRACT
This thesis aims to understand the violent writings by Rubem Fonseca, based on the comparison between the assassins and the artists as characters